terça-feira, 24 de janeiro de 2012

EXCLUIR A EXCLUSÃO


Por: Carlos Henrique de Noronha Silva,
Professor de Filosofia do Ensino Médio,
 Graduado e licenciado em Filosofia pelo Instituto Santo Tomás de Aquino – ISTA em Belo Horizonte/MG.
 Habilitado em Filosofia, Sociologia e História.


A crise econômica mundial ocorrida na idade contemporânea evidencia a pobreza. E com transparência é perceptível a divisão entre pobre e rico, em que o pobre é miserável e ousado enquanto o outro se caracteriza como rico, minoritário e temeroso. Neste contexto, é possível não haver exclusão de pessoas que vivem à margem de uma sociedade capitalista, sendo que a constituição garante direitos iguais para todos? Onde estão esses direitos?
          Se somos iguais perante a lei e a constituição do nosso país, por que, então, poucos vivem com excelentes condições de vida, além de privilégios e regalias, enquanto outros estão mendigando, buscando sobreviver de maneira indigna, humilhante? O que fazer com essa realidade? Simplesmente fechar os olhos e caminhar adiante, e ignorar o que se passa ao nosso redor? Ou dizer que está tudo bem, por que isso é culpa da sociedade, resultado da atual globalização?
          O marco inicial da exclusão social não se deu neste século. Vale ressaltar, que perdura desde antiguidade grega, quando escravos, mulheres e estrangeiros eram excluídos, sendo que para os gregos isso era natural. Já na nossa realidade é a causa de um sistema que oprime e reprime sufocando uma grande maioria, que vive de maneira desumana, em aglomerados e cortiços de grandes e pequenas cidades. Deste modo, a pobreza gera fome e miséria, fruto da desigualdade social.
          Na verdade, o que falta devolver a essa gente excluída, é a dignidade de viver como pessoas dignas, oferecer oportunidades, empregos, melhores condições de vida, distribuição de renda igualitária. Pois, deste modo, torna-se possível a inclusão de pessoas em uma sociedade mais justa e fraterna, onde todos são capazes de partilhar e comer do mesmo pão. Pão que dignifica, confraterniza e, o mais importante, nos torna menos diferentes e injustiçados.