Por: Carlos Henrique de Noronha Silva,
Professor de Filosofia do Ensino Médio,
Graduado e licenciado em Filosofia pelo Instituto Santo Tomás de Aquino – ISTA em Belo Horizonte/MG.
Habilitado em Filosofia, Sociologia e História.
e-mail: prof.henrique.al@gmail.com
A crise econômica mundial ocorrida na idade contemporânea evidencia a pobreza. E com transparência é perceptível a divisão entre pobre e rico, em que o pobre é miserável e ousado enquanto o outro se caracteriza como rico, minoritário e temeroso. Neste contexto, é possível não haver exclusão de pessoas que vivem à margem de uma sociedade capitalista, sendo que a constituição garante direitos iguais para todos? Onde estão esses direitos?
Se somos iguais perante a lei e a constituição do nosso país, por que, então,
poucos vivem com excelentes condições de vida, além de privilégios e regalias,
enquanto outros estão mendigando, buscando sobreviver de maneira indigna,
humilhante? O que fazer com essa realidade? Simplesmente fechar os olhos e
caminhar adiante, e ignorar o que se passa ao nosso redor? Ou dizer que está
tudo bem, por que isso é culpa da sociedade, resultado da atual globalização?
O marco inicial da exclusão social não se deu neste século. Vale ressaltar, que
perdura desde antiguidade grega, quando escravos, mulheres e estrangeiros eram
excluídos, sendo que para os gregos isso era natural. Já na nossa realidade é a
causa de um sistema que oprime e reprime sufocando uma grande maioria, que vive
de maneira desumana, em aglomerados e cortiços de grandes e pequenas cidades. Deste
modo, a pobreza gera fome e miséria, fruto da desigualdade social.
Na verdade, o que falta devolver a essa gente excluída, é a dignidade de viver
como pessoas dignas, oferecer oportunidades, empregos, melhores condições de
vida, distribuição de renda igualitária. Pois, deste modo, torna-se possível a
inclusão de pessoas em uma sociedade mais justa e fraterna, onde todos são
capazes de partilhar e comer do mesmo pão. Pão que dignifica, confraterniza e,
o mais importante, nos torna menos diferentes e injustiçados.