Por: Carlos Henrique de Noronha Silva,
Professor de Filosofia do Ensino Médio,
Graduado e licenciado em Filosofia pelo Instituto Santo Tomás de Aquino – ISTA em Belo Horizonte/MG.
Habilitado em Filosofia, Sociologia e História.
e-mail: prof.henrique.al@gmail.com
O existencialismo está cada vez mais presente de maneira bem visível, expressa na angustia humana, o homem enquanto um modo de ser no mundo, na constante busca de um sentido, significado para a vida, mediante a insegurança, o desabrigo, a fome, miséria, medo, desespero, entre outros questionamentos tais como: O que é viver? Será simplesmente existir? Por que existo? Para que existo?
Na cidade, há o contraste do progresso, tecnologia,
versos ser humano, dignidade quanto à existência e relação; viadutos e pontes
de concretos são construídos, diversas obras são realizadas em nome de um
progresso, mas muito nos falta, à construção de pontes, elos, a cerca do
relacionamento humano, “eu” sou, “eu” existo enquanto massa, multidão. O
sistema do individualismo é perverso, com a correria e cada um por si em busca
de seus interesses, o outro é indiferente, não importa em que situação esteja;
segunda o filósofo alemão Kierkegaard, é dominante a angustia na relação do
homem com o mundo.
A metrópole não é outra coisa senão o lugar de
contraste. Nela, prédios altos e de cima dos viadutos, símbolos do progresso,
‘outdoors’ apresentam em destaque, o avanço tecnológico, o modelo de vida a ser
copiado. E logo embaixo dos viadutos, a realidade dura e crua, alguns seres
humanos quanto existência, ali está a mendigar, enquanto outros passam em
silêncio, de cabeça baixa e passos ligeiros caminham de lá para cá e vice-versa
e lhe são indiferente. Essa situação, já não incomoda, parece não dizer nada.
A vida dos seres; plantas, árvores ser humano
adormecido pelo esquecimento, ignorado pelos olhares perdido dos que trafegam.
Seres humanos sem “identidade”, deitado sobre a grama, igualado as flores;
vidas que não discrimina, nem ignora sua existência? A dignidade humana se
esvaindo, dentro de carrinhos de carregar papelão, no chão, na via, entre às
pessoas.
Se existir é relacionar-se com o mundo, com as
coisas, com os outros homens, o que dizer no que diz respeito aos que são
anônimos nas ruas, nas praças, em baixo dos viadutos e nas calçadas, não
possuindo esses; casa, trabalho, nem mesmo alimentação nas horas que lhes são
necessárias, qual a relação destes com as demais camadas sociais? Existir é
encontrarem-se lançados no mundo sem relação com os demais seres humanos de uma
mesma sociedade?
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